quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

É o lobo...

O texto abaixo veio de um leitor do Caraguablog. Por acharmos pertinente, estamos reproduzindo, e o mesmo faremos com textos de opiniões divergentes que sejam encaminhados a este espaço eletrônico. Envie-nos a sua opinião e participe do debate:

A notícia da renúncia do prefeito Antônio Carlos na quinta-feira, 17 de dezembro de 2015, poderia ter caído como uma bomba por sobre as cabeças dos pobres mortais que compõem a urbe caraguatatubense. Poderia, não fossem as circunstâncias.

O prefeito já fez isso no ano passado [2014], também no mês de abril. Anunciou que iria pendurar as chuteiras e depois acabou voltando atrás e decidiu ficar. Ninguém entendeu nada, as explicações não foram convincentes. O que rolou, de fato, talvez nunca se saiba.

Pressão política para receber as atenções do governador Geraldo Alckmin? Talvez, sim; talvez, não.

Agora, a decisão da renúncia volta à baila, anunciando um novo “abril de despedida”. Contudo, pela experiência, é bom que se tenha cautela, muita cautela. Novamente, o cordeiro pode estar anunciando a presença de um lobo que não existe.

Acreditando no que via na imprensa, o então presidente da Câmara Neto Bota, entusiasmado com a ideia de virar prefeito meio que no tapetão, acabou se queimando e teve de amargar a recomendação seca de Antônio Carlos: guarde o seu terno, pois não será desta vez.

Que motivações teria o comandante-em-chefe da cidade para atirar-se às águas, abandonando o barco? As declarações de “é processo, é não sei o quê, uma série de coisas que fica difícil você tocar... não é fácil” soam como frases perdidas e vagas de conteúdo, mais ainda de satisfações aos eleitores.

Se é verdade que todo homem ambiciona o poder, fica complicado de entender como que alguém, tendo-o sob seu domínio, precipite-se em abrir mão de situação tão cobiçada. Há de existir um motivo muito forte para isso e ninguém espera do alcaide uma reedição do “diga ao povo que fico”.

A questão, por sua gravidade, não permite que tudo volte a ficar no dito pelo não dito. A cidade pára com um simples anúncio desta natureza. A classe política local entra em parafuso, principalmente às vésperas de uma eleição para a escolha dos novos mandatários dos poderes municipais.

Os funcionários de seu staff, encarregados de implementar as políticas públicas, ficam perdidos e não sabem se vão ou se ficam em meio às muitas indagações; o trabalho entra em compasso de “descompasso”; a marcha desacelera diante das indefinições, ainda que o sucessor prometa não tocar nos rumos já traçados.

Não resta dúvida que a troca de comando a esta altura do campeonato será prejudicial aos interesses o município. Não foi bom quando a Câmara resolveu cassar o então prefeito José Bourabeby e de nada adiantou os vereadores “se arrependerem” em seguida, pois a caca já estava feita.

A substituição não foi bom no passado e certamente também não será bom agora. Pelo sim, pelo não, é aconselhável que o presidente Chininha deixe para expor o seu terno aos raios solares somente quando tiver em mãos um documento de renúncia escrito, assinado, datado e lido em sessão.

Jorge Domingues Dilausi

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FUI...



SERÁ QUE FUI?



NÃO FUI - FIQUEI...

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